Alternativas: Afonso e Mariana

Afonso e Mariana, apesar de serem dois nomes bem tradicionais, têm “níveis” de popularidade um pouco diferentes. Se Afonso é um nome “do momento”, como Martim e Matilde, a enorme popularidade de Mariana é muito mais “estável” e já dura há pelo menos vinte anos. Se o primeiro é muito mais comum nos jardins de infância, não será difícil encontrar o segundo nos liceus, nas universidades e até nas associações de pais deste país.

Afonso é um nome bem histórico e patriótico, tendo sido usado por seis Reis de Portugal, incluindo o fundador do nosso país. É um dos nomes tradicionais portugueses com origens visigóticas, sendo formado pelos elementos germânicos adal (“nobre”) e fons (“preparado”); a forma mais antiga é Ildefonso.
Diminutivos: Afonsinho, Fon, Fonsi.
Alternativas:

  • Sancho (provavelmente, o único nome de rei que ainda não foi revivido!)
  • Álvaro
  • Lourenço
  • Fernando
  • Artur
  • Aleixo
  • Alfredo
  • Alberto

 

Mariana é, muito provavelmente, uma contracção do nome composto Maria Ana. Há quem defenda que, pelo contrário, o nome vem do adjectivo “mariano” (i.e., relativo à Virgem Maria), do nome latino Marianus (derivado de Mário) ou ainda  a tradução portuguesa do nome bíblico Mariama (o mesmo Miriam/Maria). Em Portugal, pelo menos, o nome afirmou-se graças à infanta espanhola Mariana Vitória de Bourbon (neta de uma Marie-Anne-Victoire), que casou com o rei D. José (uma das filhas do casal chamava-se Mariana Francisca).  Na família real portuguesa, pelo menos, os nomes Mariana e Maria Ana eram perfeitamente inter-substitutíveis: a cidade brasileira de Mariana foi baptizada em honra da rainha anterior, Maria Ana de Áustria. Outras “aglutinações” de Maria (Marília, Marisa, Marisol…) foram importadas já no século XX e nunca atingiram o nível de “clássico” que Mariana conquistou.
No Masculino: Mariano
Diminutivos:
Marianinha, Marianita, Mari, Nita, Mia, Miana, Minnie.
Alternativas:

  • Marinha
  • Marina
  • Mariama
  • Morgana
  • Ariana
  • Juliana
  • Caetana
  • Luciana
  • Emiliana

Alternativas: Maria e Rodrigo

Maria é um nome de origem hebraica e significado debatido – pode significar “amarga”, “rebelião” ou “amor” -, mais conhecido por ser o nome da mãe de Jesus. Foi de longe o nome mais escolhido em 2011, embora seja preciso ter em conta que ainda é muitas vezes usado como parte de um nome duplo. Sozinho, é um nome simples, histórico, elegante, internacional e sim, super comum.
Diminutivos: Mia, Mimi, Micas, Mari e Mariazinha.

As Alternativas (número de nascimentos em 2011) :

  • Sofia “sabedoria” em grego. Não se pode dizer que seja invulgar, mas certamente menos sobre-usado. (860)
  • Isabel – um dos nomes que mais se assemelha a Maria em termos de tradição e classe, com o bónus de ser bastante mais raro numa criança. (168)
  • Miriam – a forma hebraica original de Maria. (129)
  • Emília – “rival”. Alternativa para chegar a “Mia”. (37)
  • Marina – “marítima”. (24)
  • Mariama – forma latina de Maria/Miriam usada na Bíblia. (7)
  • Luzia – “luz” (6)
  • Marinha – forma de Marina, muito comum na Idade Média.
  • Mar – Porque não? Luz e Graça também são usados sem o “Maria” antes.
  • Iria – forma medieval de Irene, “paz”.

 

Rodrigo é um nome de origem germânica que significa qualquer coisa como “poder famoso”. Nome medieval por excelência, antes era visto como “nome de avozinho”, mas foi revivido nos últimos anos, talvez por influência do jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho, do actor Rodrigo Santoro e de vários “bebés celebridades” como o sobrinho de Cristiano Ronaldo. Não tem diminutivos óbvios.

As Alternativas:

  • Rui – forma medieval de Rodrigo, muito popular nos anos 60 e 70. (247)
  • Álvaro – “exército de elfos” (grande significado, hein). Como em Álvaro de Campos, Álvaro Cunhal e Álvaro, o Ministro. (36)
  • Roberto – “brilho famoso”. Toda a gente conhece, pouca gente usa. (34)
  • Rogério – “lança famosa”. Como em Rogério Samora. (14)
  • Rodolfo – “lobo famoso”. Diminutivo: Rodas. (6)
  • Ramiro – “conselho famoso”. (3)
  • Inigo – forma do nome basco Eneko, de significado desconhecido, ou do latim Inácio “fogo”.